quinta-feira, 5 de março de 2009

Amar e não ser amado
É calor que, de frio, mata…
Brilho de lume apagado,
Luz de escuridão ingrata!

Terra fértil de seco fruto…
Ventre grávido de tanto e nada!
Parto dorido que traz luto…
Parte de nós, de ar, privada…

Quem não sentiu já
Um amor sem ser amado
E a dor que ele nos dá?

Feliz de ti, se foste poupado,
De saber o que será
Esse punhal, em ti, cravado!