quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Ao filho sonhado
Um filho!
Um ser que nasce de mim! Um ser que sou eu, sem o ser, por ser ele próprio. Um ser que não sou eu, mas sem o qual eu já não sou, porque não sou todo. Um ser que é prolongamento do meu ser!...
Um filho!... Ah! Meu filho!...
Pudera eu condensar em palavras o que te tenho a ensinar! Pudera eu proteger-te da parte sombria do meu ser e deixar-te crescer limpo de mim! Porque teu pai, meu filho, é cheio de imperfeições. Sabe-o desde já! Porque também, desde já, quero desculpar-me pelas faltas, defeitos e mesquinhices que vais aprender do meu ser – mas sabe que, só por seres, eu já sou menos mau… Se não fora, antes de mais, por Deus, seria por ti que eu desejaria ser melhor. Para que, dessa forma, eu te mantivesse assim: tão inocente quanto é humanamente possível ser!
Um filho!... Ah! Filho meu!...
Então, quanto eu não te ensinaria! Como Deus e a Sua perfeição! Como o Amor e o Seu sentimento! Como a Comunhão e a Sua cumplicidade! Experimentarias a Felicidade, porque entre nós não haveria tristeza! Saborearias a Liberdade, porque a tua liberdade seria a nossa liberdade! Sentirias a Sabedoria, porque entre nós não haveria segredos! Viverias a Misericórdia, porque o nosso Amor compensaria!
Um filho!... O meu filho!... Querido filho!