quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Afogo a minha voz no silêncio em que mergulho
Definhando a sós enquanto me consolo com entulho
Porque nem sempre o sorriso aparece com facilidade
E por vezes o juízo embebeda-se na mediocridade

Espero pela ressaca ainda grogue pela tontaria
Que sem vergonha me ataca me consome e arrelia
Aquela que eu deixo tomar de mim conta
Com tanto desleixo que até ao impudico afronta

Anda homem bebe… apaga de ti essa tormenta
Anda que ninguém percebe como ela passa lenta
Ela a dor que não se vê pelo desespero de não se ter
Sem penitência a mercê ou sem humildade o poder

Anda homem esquece a verdade que te prende
Pois se ela te aborrece logo a mentira te entende
Te acolhe acalenta e embala para que possas dormir
Sossegado numa vala pronta para de terra te cobrir