Caiu-te uma lágrima no regaço,
De pesada dor, carregada…
Por ela, sentiste embaraço…
Por mim, te sentiste vexada!
Não te aflija o que te aflige,
Que, de aflição, já estou eu cheio!
Não penses que, de ti, se exige
O decoro que se faz alheio…
Deixa o mal que te invade,
Avassalador e sem piedade,
Transbordar teu doce seio…
Que não seja eu que te enfade
Por, com arrojo e temeridade,
Achar belo o que tu vês feio!
De pesada dor, carregada…
Por ela, sentiste embaraço…
Por mim, te sentiste vexada!
Não te aflija o que te aflige,
Que, de aflição, já estou eu cheio!
Não penses que, de ti, se exige
O decoro que se faz alheio…
Deixa o mal que te invade,
Avassalador e sem piedade,
Transbordar teu doce seio…
Que não seja eu que te enfade
Por, com arrojo e temeridade,
Achar belo o que tu vês feio!