terça-feira, 23 de setembro de 2008

Calo-me… para me ouvir
no silêncio que, em mim, abrigo,
na verdade que teima em resistir
ao delírio que a põe em perigo…

Calo-me… para fazer viver
o que abafo no que, de mim, adio,
para aliviar o cansaço de ser
não quem sou, mas o que crio…

Calo-me… pela voz perdida,
cujo fulgor se faz escasso,
que se sente, mas não é ouvida
por falta de tempo e de espaço…