terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sombra minha, pejada de quem sou,
Vertida sobre solo regelado,
Nunca tão triste foi o teu passado,
Nem, tanto de mim, em ti, se encontrou!

Foi o destino meu que me entregou
Ao teu seio, por frio, dominado,
Onde, de qualquer luz, me vi privado…
Onde o contentamento se apagou…

Coberto por teu véu, minha ventura,
Comigo se confunde a noite escura,
Das sombras, a segunda após a morte…

Mas, porque tem sabor a sepultura,
A treva tua que, em mim, bem perdura,
Se, então, do que ela, não és tu mais forte?

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