Fecho os olhos para ver,
Se ainda sou inteiro,
Porque a pressa de viver
Faz meu passo tão ligeiro,
Que m’esqueço até de ser
Quem sou para quem m’abeiro…
Corro, corro… já sem parar,
Porque tempo é dinheiro…
Nem que tenha falta de ar
Ou ataque de mau cheiro!
(Assim me hei-de recrear
Em não ser rio, só ribeiro…)
Vivo só pela metade
O que a vida pode dar,
Pois não me dou liberdade
De bater asas e voar,
Sem ter medo, nem saudade
Do que resisto a largar…
Quero mais estar do que ser!
Mais casca do que caroço…
Por, distinguir, eu não saber,
Um quadro do seu esboço!
(Acabando por me perder
Num estéril alvoroço…)
Se ainda sou inteiro,
Porque a pressa de viver
Faz meu passo tão ligeiro,
Que m’esqueço até de ser
Quem sou para quem m’abeiro…
Corro, corro… já sem parar,
Porque tempo é dinheiro…
Nem que tenha falta de ar
Ou ataque de mau cheiro!
(Assim me hei-de recrear
Em não ser rio, só ribeiro…)
Vivo só pela metade
O que a vida pode dar,
Pois não me dou liberdade
De bater asas e voar,
Sem ter medo, nem saudade
Do que resisto a largar…
Quero mais estar do que ser!
Mais casca do que caroço…
Por, distinguir, eu não saber,
Um quadro do seu esboço!
(Acabando por me perder
Num estéril alvoroço…)
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