terça-feira, 14 de abril de 2009

Tenho algo por dizer, que eu próprio ainda não sei o que é… Só o sinto. Por breves segundos, faz sentido o inexplicável dentro de mim… Uma sensação de paz invade-me, vinda de lugar incerto, como se tivesse descoberto o que estava oculto e a minha quimera, estranhamente cega, chegasse a um fim. Uma faísca de inteligibilidade ininteligível. Um instinto que reage ao vislumbre dos limites da sombra invisível que me obscurece o pensamento. Um relâmpago pela reunião entre o que não sabia que procurava e a procura que me inquietava. Um efémero reflexo de harmonia intraduzível graças à sua intangibilidade. Um lampejo de revelação numa noite sem estrelas, que mal se liberta, me encandeia a percepção, deixando-me na frustração de nada ver no escuro e de cego ficar com a sua luz… Percebo que, afinal, se pode perder o que nunca se chegou a ter! Fogachos de expectativa… Encontros adiados de pedaços de mim desencontrados…

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