segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pobre do meu coração,
Que não descansa um instante,
Que trabalha com sofreguidão
Por dar vida ao meu semblante…

Pobre dele que se faz escravo
Para eu poder viver…
Que me dá, discreto e bravo,
O vigor do seu bater!

Mas cativo também me faço
Do seu forte alvoroço,
Que me comanda o passo
Como se ainda fosse um moço…

Porque é ordem o seu desejo,
Que se impõe ao meu pensar…
Ditador que não tem pejo
Em, minha paz, me roubar!

Escravo ele, cativo eu…
Prisioneiros e senhores!
Um desassossego que é meu,
Que, cheio está, de fortes dores…

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