sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dá-me a tua mão como quem não quer a coisa
Para eu não ser ladrão ao tomá-la onde ela poisa
Dá-ma com o carinho de quem por mim tem amor
Para sentir de mim vizinho o teu toque e o teu calor

Rasga essa vergonha que te prende de ma dar
A timidez medonha que à coragem quer calar
Deixa que te tome uma força de vontade
Que mate o medo à fome e à sede a dificuldade

Olha que o tempo passa como areia por entre dedos
Por nós não se embaraça nem nos guarda os segredos
O que ainda não se sabe há-de um dia se saber
Por muito que se aldrabe a verdade há-de vencer

Se derrotada te fizeres pelo muito que te custa
Só chegarás ao que queres em idade já vetusta
Sentirás vergonha então da vergonha que tiveste
Que fez cativo o coração e à fé tornou agreste

Dá-me a tua mão antes que se faça tarde
Sem armar confusão ou motivos para alarde
Dá-ma com o carinho que tens em ti para me dar
Para ter em ti um ninho onde amor eu hei-de achar

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